O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a colocar em dúvida se vai ou não disputar a reeleição em 2022. Na manhã de hoje, durante entrevista à rádio Cidade, de Luis Eduardo Magalhães (BA), Bolsonaro disse que deverá concorrer novamente à Presidência, mas não pode garantir.
"Eu tenho que ter um partido. Não sei se vou disputar as eleições do ano que vem. Devo disputar, não posso garantir", declarou o presidente.
O presidente também disse que tem conversado com vários partidos para selar sua filiação, entre eles está o PP (Partido Progressistas), ao qual foi filiado durante a maior parte do período em que foi deputado federal.
O PP é atualmente o principal partido de apoio da base do governo e uma das principais legendas do Centrão e a sigla do novo ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (AL), e do líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PR).
Ao conceder a entrevista, Bolsonaro também voltou a criticar as medidas de isolamento social e de fechamento do comércio adotadas por gestores estaduais e municipais no combate à pandemia do novo coronavírus.
"Desde o começo eu falava que tínhamos dois problemas sérios pela frente. Seria o vírus e o desemprego. E grande parte desses governadores e prefeitos se preocuparam apenas com o vírus. Então as medidas de lockdown, de confinamentos, afetaram em muito a nossa economia", afirmou.
Segundo o presidente, o Brasil "teve problemas sérios, porque o Supremo deu poderes muito mais para governadores e prefeitos do que para mim". A afirmação, porém, omite que a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) dizia que os três entes federados poderiam atuar "sob coordenação" da União.
"Nós não fechamos nenhum botequim sequer. Não fechamos nenhuma estrada e nenhum aeroporto", disse.
Uol
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