O Ministério da Saúde anunciou nesta terça-feira (16) que vai aplicar uma dose de reforço de vacina contra a Covid-19 para todos os adultos com mais de 18 anos. O governo também divulgou que imunizados com a vacina da Janssen devem receber duas novas aplicações.
Vacina da Johnson&Johnson foi desenvolvida para dose única, mas estudos indicam benefício do reforço. No Brasil, dois meses da primeira dose os vacinados com Janssen já poderão tomar outra aplicação da mesma vacina. Cinco meses depois desta 2ª injeção estará liberado novo reforço, que poderá ser com imunizante de outra marca.
Abaixo, em tópicos, veja os principais
pontos sobre o anúncio do ministério:
11. Houve alteração na
bula da vacina da Janssen?
22. Quem pode tomar a dose de reforço?
33. Quais os intervalos
mínimos para a dose de reforço?
44. Quando estados e
municípios começam a aplicar o reforço?
55. No caso do reforço,
posso receber a mesma vacina usada no esquema vacinal?
66 A segunda aplicação
da Janssen significa dose de reforço?
77. Quando vou poder
tomar as doses de reforço da Janssen?
88. Já há estudos sobre
a necessidade de uma nova dose da Janssen?
99. Temos doses disponíveis do imunizante?
11. Quem pode tomar a dose de reforço?
A dose de reforço
está aprovada para todas as pessoas com mais de 18 anos. A recomendação vale
para todos os imunizantes usados na campanha: Pfizer, AstraZeneca, CoronaVac e Janssen.
No
caso dos vacinados com a Janssen, são duas doses previstas (veja
na próxima pergunta).
2. Quais os
intervalos mínimos para a dose de reforço?
A dose de reforço
para quem tomou Pfizer, CoronaVac e AstraZenaca estará disponível cinco meses
após o cidadão ter completado o esquema vacinal. "Acima de cinco meses da
segunda dose, independentemente da idade, já se pode buscar a sala de
imunização", disse Marcelo Queiroga.
Vacinados com a Janssen (que foi aprovada e registrada
como uma vacina de dose única) deverão tomar uma nova dose dois meses depois da
pimeira. E, cinco meses depois desta segunda aplicação, poderão tomar outra
dose de reforço como previsto para todas as demais vacinas em aplicação no
Brasil.
3. Quando estados e municípios começam a aplicar o reforço?
A medida já está em
vigor, mas a aplicação da vacina vai depender dos estados e municípios.
Nesta terça (16), o Ministério informou que a pasta vai começar a distribuir as doses da Janssen a partir da próxima sexta-feira (19).
O governo também prevê divulgar aos gestores uma Nota Técnica
para esclarecer eventuais dúvidas.
4. No caso do reforço, posso receber a mesma vacina usada no
esquema vacinal?
Pode, mas o ideal é
fazer um mix de vacina. Segundo o Ministério da Saúde, a ideia é que a
vacinação seja feita de forma heteróloga, ou seja, com uma vacina diferente
daquela aplicada na imunização primária.
Queiroga também disse que a preferência é que seja aplicada a vacina da Pfizer na dose adicional. "Usamos a Pfizer no Brasil, mas em um eventual desabastecimento, pode ser usada outra plataforma."
Novamente, no caso da Janssen, há
particularidades: primeiro está prevista uma aplicação extra da mesma
marca para, só depois, na terceira aplicação, ser liberada a utilização de uma
vacina de outro fabricante, a chamada vacinação heteróloga.
5.
A segunda aplicação da Janssen significa dose de reforço?
Durante a entrevista, Queiroga afirmou que, antes de receber a dose de reforço, as pessoas precisam receber uma “segunda dose” da Janssen.
O uso do tempo
"segunda dose" feito pelo ministro pode ser motivo de confusão:
tecnicamente, a 2ª dose é parte do esquema vacinal proposto nos estudos e
aprovado pela Anvisa. O esquema vacinal de Pfizer, AstraZeneca e CoronaVac
previam duas doses.
Em nota, a Anvisa reforçou que há
diferenças entre "esquema vacinal previsto em bula" e
"estratégia de vacinação e reforço".
"O esquema previsto em bula e aprovado pela Anvisa (quantidade de doses e intervalos) indica a forma de uso da vacina que, segundo os estudos, produzem os melhores resultados de imunização.
Já a estratégia de vacinação e reforço é uma decisão da autoridade
de saúde (MS) sobre como determinado imunizante será aplicado na população de
forma a se obter a melhor cobertura vacinal, e as estratégias de monitoramento
das reações adversas", informou a Anvisa.
No caso da Janssen, a empresa não solicitou a inclusão de uma segunda dose em seu esquema vacinal, mas está em conversa com a Anvisa para esclarecimentos especificamente sobre a dose de reforço.
Ou seja, por enquanto, o status de uma
pessoa vacinada com a Janssen segue como "completamente imunizado"
mesmo com apenas uma dose.
"Segundo a Janssen, a previsão é que até a
próxima semana a empresa entregue os estudos para Anvisa sobre a eficácia e
segurança da dose reforço da sua vacina", informou a Anvisa.
6. Quando vou poder tomar as doses de reforço da Janssen?
A (segunda) dose de
reforço para quem tomou Janssen só vai estar liberada cinco meses depois da da
aplicação do primeiro reforço. Neste momento, o ideal é usar uma vacina DIFERENTE na dose adicional,
de acordo com o Ministério da Saúde.
7. Já há estudos sobre
a necessidade de uma nova dose da Janssen?
Sim. Em setembro, a
Johnson & Johnson disse que uma nova dose aumentou para 94% a eficácia da
vacina contra formas graves e moderadas da Covid.
Segundo a empresa, o reforço administrado dois meses após a primeira dose aumentou os níveis de anticorpos de quatro a seis vezes.
Quando administrado seis meses após a primeira dose, os
níveis de anticorpos aumentaram doze vezes, sugerindo uma grande melhora na
proteção com o intervalo mais longo entre as doses.
8. Temos doses
disponíveis do imunizante?
Dados da projeção de
entregas do ministério, atualizados no dia 10 de novembro, indicam a entrega de
7,7 milhões de doses do imunizante ainda neste mês e mais 28,4 milhões em
dezembro.
A pasta vai começar a distribuir as
doses da Janssen aos estados e municípios a partir da próxima sexta-feira (19).
9. Houve alteração na bula da vacina da Janssen?
Não. Segundo a
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a Janssen não fez nenhuma
solicitação para alterar o esquema vacinal previsto em bula.
"Até o momento, apenas a Pfizer solicitou alteração do esquema vacinal previsto em bula para a vacina Comirnaty. O atual esquema aprovado em bula prevê duas doses da vacina.
O
pedido apresentado à Anvisa prevê a aplicação de uma terceira dose. Este pedido
está em análise na Anvisa e pendente de complementação de dados pelo
laboratório para que a análise tenha prosseguimento", informou a Anvisa.
G1
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