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4 de jan. de 2022

PRODUÇÃO DE LEITE> Sofre impacto da chuva no interior da Bahia

 


Cerca de 50 mil produtores de leite na Bahia foram afetados pelas chuvas que castigaram as regiões Sudeste, Sul e o Extremo-Sul, em dezembro. O número é uma estimativa da Federação da Agricultura e Pecuária da Bahia (Faeb), porque os prejuízos ainda não foram colocados na ponta do lápis. A principal dificuldade é para escoar a produção, já que 61 trechos de estradas apresentaram problemas por conta do mau tempo.

Nesta segunda-feira (3), um deslizamento de aterro provocou erosão na travessia urbana de Ituberá, na BA-250, e a região precisará de intervenção urgente. O presidente da Faeb, Humberto Miranda, contou que os pequenos produtores foram os mais prejudicados. Muitos perderam toda a produção, além da casa e de outros bens materiais. Quem conseguiu levar o gado para a parte mais alta do terreno e manteve a produção de leite a salvo encontra um novo obstáculo.

“Ainda é cedo para precisar o número de produtores prejudicados, porque enquanto conversamos, nesse momento, tem produtor jogando leite fora, mas, pelo menos, 50 mil foram afetados. A região atingida pela chuva é responsável por 50% do material produzido na Bahia. Não tivemos muitos casos de perda de animais, mas a produção de leite está sendo perdida porque não tem como ser enviada”, afirmou.

Depois que é armazenado nos tanques, o leite suporta até três dias. Quando esse prazo termina o material estraga. As chuvas começaram a provocar destruição na Bahia na segunda semana de dezembro e se intensificaram nos dias seguintes. Muitos produtores perderam tudo e o governo contabiliza 600 mil pessoas prejudicadas pelo mau tempo.

O período entre o final e o início do ano é o momento em que a procura por leite diminui. Com as férias escolares, as prefeituras demandam menos o produto, que é usado na merenda escolar, e ao mesmo tempo as chuvas aumentam a produção. O presidente do Sindicato das Indústrias de Laticínios e Produtos Derivados do Leite do Estado da Bahia (Sindileite), Rafael Teixeira, contou que por conta desse cenário, os consumidores não vão sentir o impacto nos preços.

“A oferta acima do esperado reduz o preço dos commodities, então, tanto o leite como seus derivados estão mais baratos, mas não sabemos como vai ficar o cenário no futuro. A cadeia de produção de leite é muito grande, não temos como precisar o número de produtores que existem no estado ou nessa região específica, mas essa é a principal região produtora no estado”.

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