O presidente Jair Bolsonaro afirmou, nesta quarta-feira (16), que pretende alterar, até o dia 31 de março, o status da Covid-19 no Brasil de pandemia para endemia. O líder do Executivo nacional está na Bahia onde cumpriu agenda no Senai Cimatec e, em seguida, participou da cerimônia de lançamento da pedra fundamental da nova unidade de biomagem das Obras Sociais Irmã Dulce, entidade filantrópica que atende milhares de pessoas todos os anos.
"A tendência do Queiroga, que é autoridade nesta questão, tem conversado na Câmara de Deputados, parlamentares, também o Supremo, que é o órgão federal. A ideia é que até o dia 31, é a ideia dele, passar de pandemia para endemia e vocês vão ficar livres da máscara em definitivo”, revelou. Desde março de 2020 a Organização Mundial de Saúde classifica como pandemia o cenário da Covid-19 no mundo. Em janeiro deste ano, o chefe da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, emitiu alerta aos líderes mundiais de que a pandemia do novo coronavírus “não está nem perto do fim”.
Sobre o uso das máscaras, estados e municípios são responsáveis pela decisão de suspender a obrigatoriedade do uso. Ao chegar no Senai Cimatec, o presidente foi recebido com vaias e gritos de repúdio por parte de um grupo de estudantes. A recepção foi bem diferente ao chegar nas Obras Sociais Irmã Dulce. Alguns médicos e funcionários fizeram questão de registrar selfies com o presidente. Na saída, Bolsonaro quebrou o protocolo, deixou a área de segurança e se aproximou do grupo de apoiadores que o aguardava do lado de fora do gradil. Após deixar a OSID, a comitiva de Bolsonaro foi até a Igreja do Bonfim, um dos templos religiosos mais famosos na capital baiana.
Lançamento de pedra fundamental
Ainda em Salvador, o presidente Jair Bolsonaro participou da cerimônia de lançamento da pedra fundamental da nova unidade de bioimagem das Obras Sociais Irmã Dulce. Essa é 13ª visita do presidente à Bahia, a primeira em 2022. “Me sinto confortável e tranquilo de poder colaborar com as Obras Sociais Irmã Dulce. A todos que trabalham aqui, nosso reconhecimento e muito obrigado”, disse o presidente, em um breve discurso no evento.
Fundada em 1959, pela Santa Dulce dos Pobres, a instituição abriga, em seus 40 mil metros quadrados de área construída, 20 dos 21 núcleos da entidade, incluindo 954 leitos hospitalares. A OSID realiza uma média de 3,5 milhões de procedimentos ambulatoriais por ano na Bahia e cerca de 23 mil cirurgias em várias especialidades médicas. No entanto, a situação atual também é de preocupação. Com um déficit de quase R$ 24 milhões, que podem ser acrescidos de outros R$ 20 milhões até o final do ano, o complexo pode fechar as portas caso não consiga resolver a situação.
// G1 Bahia.
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