Após pedido do ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB), a Polícia Federal (PF) abriu inquérito, na noite desta segunda-feira, 6, para investigar a entrada do pacote de joias entregue pela Arábia Saudita ao casal Jair e Michelle Bolsonaro.
Com a decisão, a investigação ficará sob a responsabilidade da Superintendência da PF em São Paulo. A apreensão ocorreu em Guarulhos, na Delegacia de Repressão a Crimes Fazendários.
As joias foram entregues pelo presidente do país saudita ao ministro de Minas e Energia à época, Bento Albuquerque, que representava o então presidente Jair Bolsonaro em um evento. Como não haviam sido declarados, os itens foram retidos pela Receita Federal no aeroporto de Guarulhos.
Agora, a PF quer saber se houve crime na tentativa de entrar com as joias no Brasil. Segundo Dino, os fatos “podem configurar os crimes de descaminho, peculato e lavagem de dinheiro, entre outros possíveis delitos”.
Entenda o caso
O ex-presidente Jair Bolsonaro e auxiliares se esforçaram para que entrassem ilegalmente no país colar, anel, relógio e um par de brincos de diamantes avaliados em 3 milhões de euros (cerca de R$ 16,5 milhões). O mimo, no entanto, ficou detido Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, segundo matéria publicada pelo jornal O Estado de São Paulo.
Segundo o Estadão, após a tentativa do “jeitinho” que o ex-ministro tentou dar, houve mais três tentativas envolvendo quatro ministérios: Economia, Minas e Energia e Relações Exteriores, e militares. A publicação narra que a última tentativa de retirar as joias aconteceu três dias antes do fim do governo Bolsonaro, no dia 29 de dezembro, quando um militar desembarcou no Aeroporto de Guarulhos em um voo da Força Aérea Brasileira (FAB) pedindo as joias alegando que “não pode ter nada do [governo] antigo pro próximo, tem que tirar tudo e levar”.
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