A cidade de Maiquinique, localizada no interior da Bahia, vem enfrentando uma série de dificuldades sob a gestão da Prefeita Valéria Silveira. O atraso recorrente em pagamentos a credores e fornecedores tem causado prejuízos significativos à comunidade, gerando descontentamento em relação à administração municipal.
A crise atingiu seu auge na última quarta-feira, 31 de janeiro, com a explosão de denúncias de corrupção envolvendo a atual gestão. A divulgação de várias notas fiscais frias, emitidas e pagas pela Prefeitura, revelou um esquema fraudulento para contratação de aluguel de máquinas e veículos.
Esses recursos deveriam ser destinados à recuperação de estradas vicinais, e ao pagamento do transporte alternativo da cidade, mas, segundo moradores, as estradas permanecem em estado precário e os motoristas dos táxis da saúde e do transporte alternativo encontram-se com mais de 3 meses sem receber seus pagamentos.
As notas de aluguéis de máquinas em questão apresentam valores vultosos e detalhes sobre a localidade dos serviços que não condizem com a realidade. Um exemplo chocante é o pagamento no intervalo de apenas um mês de mais de 40 mil reais em quatro notas de aluguel de máquinas para as regiões rurais de Caroba e Cacai. Entretanto, residentes dessas localidades afirmam que desde a gestão de Valéria Silveira, as estradas estão abandonadas, sem as devidas manutenções.
A discrepância entre os valores pagos e a falta de serviços prestados evidencia a fraude nas transações. A gravidade das denúncias é ampliada pelo fato de que elas provêm de dentro do próprio governo de Valéria.
O ex-secretário de administração da gestão, atual Secretário de Planejamento, Desenvolvimento Econômico e Gestão do Município, Rafael Maiquinique, é o autor das acusações. Rafael, figura proeminente na política local, desempenhou papéis importantes, sendo um ator importante na Ação Eleitoral que resultou na cassação do mandato do ex-gestor Jesulino Porto e também um dos principais coordenadores da campanha eleitoral que levou Valéria ao cargo.
Nossa redação procurou entrar em contato com Rafael para obter maiores esclarecimentos, porém, ele recusou entrevistas. No entanto, informou que todas as notas, documentos e provas estão sendo compilados em um relatório de denúncias que será entregue tanto ao Ministério Público Estadual quanto ao Federal, para que esses órgãos exerçam seus papéis de controle e investigação.
A cidade de Maiquinique agora aguarda desdobramentos dessas denúncias, que podem resultar em investigações formais, auditorias e, possivelmente, em medidas legais contra a gestão municipal. O escândalo lança uma sombra sobre o governo de Valéria Silveira, aumentando a pressão por transparência e responsabilidade no cenário político local.
Fonte: Crônicas de Itarantim
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