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10 de ago. de 2021

Desfile de blindados acentuou isolamento de Bolsonaro no Planalto

 


As manifestações contrárias, inclusive de aliados como o presidente da Câmara, Arthur Lira, o desfile de blindados organizado pela Marinha com o aval do presidente Jair Bolsonaro no dia da votação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) do voto impresso, acentuaram  ainda mais o seu isolamento político.

A apresentação era originalmente direcionada a Lira e ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM), mas nenhum dos dois compareceram e o ato, que durou somente 10 minutos, ficou esvaziado, segundo informações do Estadão.

Nem o vice-presidente Hamilton Mourão, general da ativa do Exército, corroborou com o ato, considerado por ele como "inadequado". A sua ausência no comboio que acompanhou o ato nos arredores do Congresso Nacional pode mostrar a falta de sintonia entre ele e o presidente.

No início da sessão da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, antes do início do depoimento do coronel Helcio Bruno, o presidente Omar Aziz (PSD) fez um pronunciamento em defesa da democracia e contra o "lamentável desfile" promovido por Bolsonaro, que segundo ele deu mais uma demonstração de que está "acuado pelas investigações de corrupção" contra o seu governo.

A opinião foi seguida pelo vice-presidente, Randolfe Rodrigues (Rede), e demais senadores da oposição. Até o líder do governo no Senado, Fernando Bezerra (MDB-PE), conhecido por ser um dos mais proeminentes defensores do governo na CPI, admitiu compartilhar das "preocupações" levantadas pelos colegas e se colocou ao lado do "Estado Democrático de Direito".

"Estamos em trincheiras distintas, mas somos do Parlamento brasileiro. Eu tenho uma história nesse Congresso Nacional, eu sou subscritor da Constituinte cidadã, eu aposto na democracia e no Estado Democrático de Direito. Quero compartilhar as preocupações de todos aqui que reverberaram, apenas, digamos, assim, querendo retirar os excessos das falas que foram feitas", disse Bezerra.

Ao redor do ato, somente alguns apoiadores bolsonaristas que ainda ecoavam gritos a favor do voto impresso e acenavam para o presidente. Outros deputados do baixo clero também compareceram, como o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-SP), e ministros.

O desfile foi organizado de última hora e coincidiu com a votação de uma das bandeiras do presidente, que vem sido defendida por ele com veemência, com repetidos ataques ao sistema eleitoral e com acusações infundadas de fraudes nas urnas eletrônicas. O gesto foi visto por aliados e opositores como uma ameaça bélica à ordem democrática.


ATarde

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