O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), confirmou a votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do voto impresso pelo plenário nesta terça-feira, 10, após cogitar suspender a sessão devido à "trágica coincidência" do desfile dos blindados da Marinha, e reiterou o compromisso do presidente em acate independentemente do resultado.
Apesar de a comissão especial ter votado pelo arquivamento da proposta, Lira decidiu colocar para apreciação do plenário para sanar qualquer tipo de dúvida. A condição imposta por ele a Bolsonaro, no entanto, foi de que o presidente "aceite" o desfecho da votação dos parlamentares.
“Se não passar, há um compromisso do presidente da República — e isso ficou claro — de que cumprirá, de que aceitará o resultado do plenário da Câmara dos Deputados. É isso que eu espero”, afirmou ao site G1.
Questionado sobre o desfile, Lira admitiu que disse a Bolsonaro que o desfile, apesar da tradição da operação Formosa, não era comum na Esplanada dos Ministérios, principalmente da forma feita nesta manhã.
Ele e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM), eram os principais convidados do ato com os tanques da Marinha, mas nenhum dos dois compareceram. Lira justificou que não assistiu ao desfile, pois estava em reunião com líderes partidários.
"Eu falei ontem que estamos numa democracia, e eu disse ontem que não é muito usual. Muito embora a questão da operação Formosa aconteça desde 1988, nunca houve um desfile dos veículos pela Esplanada. Não vi maiores repercussões que isso, não aconteceu nada além demais, eu não estive presente na cerimônia, eu estava a manhã toda em reunião com os líderes. Só que não é usual", assegurou.
ATarde
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