Uma série de atos mobilizará as capitais brasileiras neste 7 de setembro, data que o país comemora os 199 anos da Independência Brasileira em relação a Portugal.
Formadas principalmente por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), as manifestações desta terça-feira (7) ganharam força após embates do mandatário com o STF (Supremo Tribunal Federal).
O Supremo, inclusive, se tornou o maior alvo dos atos após conflitos que os ministros Luís Barroso e Alexandre de Moraes tiveram nas últimas semanas com o presidente em relação ao voto impresso e o inquérito das fake news, respectivamente.
O próprio Bolsonaro participará dos atos. Ele discursará pela manhã em Brasília, na Esplanada, e depois partirá para a cidade de São Paulo, onde marca presença no protesto da Avenida Paulista. Nas duas cidades a expectativa é de grandes concentrações ao longo de boa parte do feriado.
Lideranças e políticos governistas também confirmaram os atos em outras diversas capitais brasileiras, do Norte ao Sul do Brasil.
Parte da oposição ao presidente também se mobiliza para atos na mesma data, o que preocupa autoridades policiais para possíveis conflitos. Na capital paulista, a oposição fará seu protesto a cerca de 3 km de distância do ato governista.
Dentro deste grupo contrário a Bolsonaro, a tragédia causada pela pandemia de covid-19, a inflação e o preço dos alimentos, gasolina e energia elétrica puxam os protestos contra o presidente e o governo atual.
Além dos conflitos entre partidos rivais, a possibilidade de ataques ao STF e ao Congresso são monitoradas pela políca de Brasília. Com esta justificativa, o ministro do Supremo Alexandre de Moraes já intimou militantes, lideranças dos caminhoneiros e cantores que ameaçaram a Corte na convocação aos protestos. Até mesmo a deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP) teve de prestar depoimento à Polícia Federal para depor sobre os atos.
Bolsonaro chegou a prometer que discursará no 7 de setembro sem fazer ameaças e repetiu neste sábado (4) que os atos serão pacíficos. As falas do presidente, no entanto, ainda mantém recados incisivos aos ministros Barroso e Moraes.
"O Supremo começa a ser renovado. Essas uma ou duas pessoas têm que entender o seu lugar. E o recado de vocês, povo brasileiro, nas ruas, na próxima terça-feira, será um ultimato para essas uma ou duas pessoas", disse ele em agenda no estado de Bahia.
R7
Nenhum comentário:
Postar um comentário