O ministro das Minas e Energia, Bento Albuquerque, afirmou nesta quarta-feira (20), em entrevista à Record TV, que as bandeiras tarifárias que encarecem a conta de luz dos brasileiros serão mantidas pelo menos até abril, mesmo se chover muito até lá.
"A bandeira tarifária representa o custo da geração de energia. Quando ela ficar mais barata, será reduzida ou não será mais necessária", disse Albuquerque durante o evento Frente Parlamentar pelo Brasil Competitivo, que discutiu crise hídrica e marco legal do setor elétrico
"Estamos tendo um custo ainda elevado para que possamos passar por isso sem racionamento ou apagão. Então quando as condições melhorarem e nós acompanhamos isso diariamente, as tarifas serão reduzidas."
A declaração vai contra a afirmação recente do presidente Jair Bolsonaro, que afirmou na semana passada que mandaria o ministro retirar a bandeira vermelha das contas já em novembro.
A bandeira vermelha está em vigor desde junho deste ano e representa R$ 9,49 a mais na conta de luz por cada kWh consumido pela unidade, um aumento de 6,78%.
Bento Albuquerque explicou que a intenção do governo federal é que o Brasil reduza a dependência da energia gerada pelas hidrelétricas, que ficam em risco sempre que as chuvas caem em menor intensidade.
No evento, Bento Albuquerque declarou também que não há qualquer estudo no ministério para vender a Petrobras, apontada por vários setores, inclusive do governo federal, como responsável pela alta nos combustíveis. Bolsonaro, inclusive, afirmou que seu sonho era privatizar a estatal.
R7Bahia
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