Postagens Recentes Slid

Itaranet

Itaranet

Câmara Municipal Itarantim

Câmara Municipal Itarantim

25 de fev. de 2022

Otto candidato ao governo, Rui ao Senado e a insatisfação geral no PT

 


Após uma semana de muita tensão na base petista na Bahia, o martelo foi batido: o senador Otto Alencar (PSD) será mesmo candidato ao governo pelo grupo governista no estado. O "aceite" de Otto foi encarado na base governista como o único caminho para o cacique do PSD. "Não tinha o que fazer. Vice ele não seria jamais nem lançaria candidatura avulsa ao Senado", declarou um influente político do estado. Explicando: o senador Jaques Wagner (PT) sinalizou o desejo de não ser candidato, enquanto o governador Rui Costa (PT) pressionou para disputar o Senado. Só restou a Otto a cabeça da chapa ou a vice. Mas e agora: "tudo certo na Bahia" na base petista? A resposta, dizem pessoas influentes da base, é não. 

O aceite de Otto veio após reuniões com integrantes da base e do PSD no estado. Wagner também comunicou a petistas que ficaria de fora e iria focar na campanha do ex-presidente Lula. No PSD, o clima é de otimismo, já que o partido tem boas chances de ampliar sua bancada na Assembleia Legislativa e na Câmara dos Deputados. 

No PT, ao contrário, o clima é de insatisfação, principalmente contra Rui. Para integrantes da cúpula do partido, a desistência de Wagner é culpa de Rui, que teria tensionado para disputar o Senado e forçado que o senador petista abrisse caminho para a candidatura de Otto ao governo. Além disso, acreditam que podem perder cadeiras nos Legislativos estadual e federal pelo fato de o PT não estar na cabeça da chapa. 

Pessoas próximas ao senador dizem que o temor do cacique é com o governo do vice João Leão (PP), que herdaria o comando do Palácio de Ondina com a renúncia de Rui para disputar o Senado. O receio do PSD é que Leão, como chefe maior do governo, meta as garras nos espaços hoje comandados pelo partido. A própria Secretaria de Infraestrutura é muito cobiçada por integrantes do PP. A tendência é que as duas siglas acirrem - ainda mais - a disputa por espaços na gestão estadual. 

Com a definição da chapa encaminhada, a base governista  tem agora outro desafio: a organização das chapas proporcionais, num cenário de novidade, sem coligações. Há na base um clima de insatisfação diante da indefinição da majoritária, que afeta a formação proporcional. Inclusive, lideranças reclamam também que nem Rui nem Wagner estão liderando estas articulações de formação das chapas. Há deputados que esperam a orientação dos líderes para definirem seus destinos partidários. "Rui só pensa no Senado e Wagner, em Lula. A base ficou sem coordenação. Tomara que Otto assuma essa parte", diz um deputado. 



Nenhum comentário:

Postar um comentário