O presidente Jair Bolsonaro (PL) fez seu primeiro pronunciamento após derrota nas urnas no último domingo (30). Com a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), principal adversário de Bolsonaro, o atual presidente ficou por volta de 48 horas sem se pronunciar, recluso no Palácio do Alvorada, residência oficial do Presidente. O chefe do executivo, portanto, não mencionou diretamente o resultado das eleições.
Em seu primeiro pronunciamento nesta terça-feira (1), Bolsonaro afirmou que defende a Constituição Federal, “diferente de seus adversários", e agradeceu pelos votos recebidos. Além disso, ele ressaltou a atuação de seu governo durante a pandemia. O presidente afirmou não concordar com os "métodos" utilizados pelos manifestantes, que vêm bloqueando as rodovias.
“Quero agradecer aos 58 milhões de brasileiros que votaram em mim. Os atuais movimentos populares são fruto de minha indignação e sentimento de injustiça de como se deu o processo eleitoral. As manifestações pacíficas sempre serão bem-vindas, mas os nossos métodos não podem ser o mesmo da esquerda”, afirmou Bolsonaro.
O presidente foi pressionado a falar após os bloqueios feitos em estradas por caminhoneiros bolsonaristas em diversos estados do país, por não aceitarem a derrota de Bolsonaro.
Mais cedo, representantes do Tribunal de Contas da União (TCU) e do Supremo Tribunal Federal (STF) se mobilizaram para fazer com que aliados do presidente o convencessem a reconhecer a derrota nas eleições. A expectativa do judiciário era mitigar as manifestações de bolsonaristas que vêm bloqueando rodovias ao redor do país (veja mais aqui).
Ao lado do presidente estavam alguns ministros como o da Ciência e Tecnologia, Educação, Meio Ambiente, Justiça, Cidadania, Mulher e dos Direitos Humanos, Agricultura, Saúde, Relações Exteriores, Desenvolvimento Regional, Trabalho, Infraestrutura, e também da Casa Civil. Além disso, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), estava presente no Palácio da Alvorada.
A ideia de Bolsonaro era se reunir com ministros do STF antes de se pronunciar, mas os magistrados disseram que só iriam ao encontro do presidente após ele reconhecer publicamente o resultado do segundo turno (relembre aqui).
O resultado do segundo turno das eleições foi confirmado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ainda na noite de domingo e foi reconhecido pelos presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), da Câmara dos Deputados, Arthur Lira , além de governadores, presidentes de outros países e entidades internacionais, com a ONU.
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